Redescobrindo Brasília: passado e presente!

Redescobrindo Brasília: passado e presente!

Um dia, que tudo que eu planejei deu erradamente super certo!

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Acordei cedo para fazer uma prova e logo em seguida, andar de patins no parque, para aproveitar o dia, já que estraria (milagrosamente acordada) na rua ás 09h da manhã de um sábado.

Quem me conhece sabe que eu confundo coisa ou outra, e, evidentemente eu estava no dia errado da prova, chegando no curso dei com as portas fechadas, então resolvi adiantar o patins e segui para o parque.

Dia lindo, brisa da manhã vindo ao rosto, cabelo preso, patins nos pés, foi dar os primeiros passo que o patins fez Plof, a presilha partiu ao meio, pensei logo:

_Não acredito, e agora? Pra onde eu vou? O que vou fazer ? Acordei cedo, e anda deu certo, voltar pra casa? Jamais!

Resolvi pegar o carro e rodar até onde meu olhar pudesse ir, nesse caminho, fiz uma verdadeira viagem ao passado e presente e é isso que veremos aqui!

Para quem não conhece Brasilia, o plano arquitetônico da cidade foi feito tentando preservar ao máximo a área verde de cada quadra, então, possuímos muito verde pela cidade inteira, e o parque da cidade Sarah Kubitscheck faz parte da vida dos pequenos e altinhos.

Possui área para bicicleta, patins, caminhadas, quadras de vôlei, futebol, um parque de diversões fixo chamado Nicolândia e o parque Ana Lídia (nome em homenagem a uma criança encontrada morta perto da UNB), aqui quase tudo recebe o nome de alguém em homenagem, digno, e esse parque fazia minha alegria e de minha irmã durante todas as férias.

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Ele consiste em brinquedos não elétricos, como balanços, corda, gangorra, escorregador, balanço, porém eles tinham um design de bichinhos, ou até um foguete, instigam a criatividade e imaginação dos pequenos, acho super válido para uma geração que só sabe apertar botões.

Fiquei muito feliz em ver crianças e pais frequentando um parque tão delícia!

Observei que muitos brinquedos estavam desativados, talvez pela falta de pequenos correndo por ali, a verba destinada para a manutenção possa ter diminuído caindo nas prioridades da cidade, mas ainda sim, o parque estava cheio e as risadas, de pipoca colorida, e do tio do balão!

Fechei meus olhos por alguns minutos e tive a sensação de voltar no tempo e pensei: que época boa!

 

 

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Comi da pipoca e ao fundo ouvi um batuque, não sabia da onde era, mas resolvi seguir o instinto e ir procurando o barulho, perto dali, fora do parque, me deparei com o projeto chamado Batalá, é um grupo de percussão formado só por mulheres desde de 2003, eu já conhecia mas não tinha me ligado que eram elas ensaiando!

Fiquei fascinada!

Mulheres lindas, com garra e personalidade, em cada acessório percebia uma forma diferente de expressão de seus sentimentos particulares, cheias de atitudes em pleno sábado, ensaiando no meio de Brasília, quem passava por ali ficava para ouvir um pouco e admirar o trabalho, fui uma dessas pessoas.

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Pais, esposos, namorados, cachorro, amigas, todos sentados na grama, uns ouvindo, outros conversando e dando assistência com água, apoio moral, incentivando.

Tirei foto e fiz vídeo e sai pensando: que delícia!

E não era nem meio dia!

De lá, segui para a torre de TV, fui conhecer as novas instalações da feira de artesanato, antigamente, as banquinhas de comida e de artesanato ficavam nem ao pé da Torre, porém de acordo com o projeto inicial, ali deveria ficar clean, e amplo, então, a feira foi transferida para um local próximo á torre.

Artesanato de índios, móveis, renda, reggae, sandálias, colares, encontra-se de tudo, adquiri uma petisqueira de madeira de uma tribo indígena do mato grosso e colares indígenas.

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Todos muito pra frentex, paguei com cartão de débito, ah, viva a modernidade!

A fome batendo na porta, resolvi conferir a praça de alimentação, aparentemente parecia melhor e mais organizado, mas, senti falta das banquinhas antigas, vi muitos letreiros, mas senti falta do acarajé tradicional, a banca do Pará, me deu um chá de cadeira de 20 min e nada do Vatapá cancelei e fui tentar a sorte em outra banca do Pará, saiu rápido, mas insosso e caro.

Preços caros, perdi a referências das bancas que eu costumava comer e não consegui achar os gostos que estava acostumada. Tomei uma cantada respeitosa, mas mesmo assim achei desnecessário, hahahah esses brasileiros......

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Se me perguntar se eu voltarei respondo:

_Claro que volto!

Mas muita coisa precisará melhorar, temos uma Copa vindo aí, e, precisamos ter estrutura para receber os milhares de turistas.

Voltei pra casa com aquela sensação de satisfação, redescobri o quadradinho.

Temos a mania de fazer as mesmas coisas sem olhar o horizonte e as grandes oportunidades,  nos pegamos com aquele famoso pensamento: não tem nada para fazer.

Grande erro!

E na sua cidade?

Que tal tirar um dia (ou vários) e sair por aí sem rumo, redescobrindo um mundo de cosias novas ou algumas não tão velhas mas que valem a pena serem prestigiadas?

Cheers mate.

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